O presente trabalho, busca mostrar um panorama das publicações sobre o ensino de química na perspectiva da inclusão de deficientes visuais, a partir de uma revisão integrativa, seguindo o referencial de Polit e Bech (2006) no qual afirmam que esta metodologia possibilita a síntese do estado do conhecimento de um determinado assunto, além de apontar lacunas do conhecimento que precisam ser preenchidas com a realização de novos estudos.
Neste trabalho buscamos compreender como a estratégia de criação e crítica de analogias por estudantes de Química pode favorecer o engajamento em argumentação e a aprendizagem do modelo atômico de Thomson. Foi produzida uma Unidade Didática e o desenvolvimento da mesma em uma turma de 1º ano do ensino médio foi registrado em áudio e vídeo. Um estudo de caso foi desenvolvido para um grupo de estudantes. A análise do caso indica que os estudantes se envolveram em argumentação ao presentarem as correspondências e limitações das comparações, o que favoreceu a defesa de posicionamentos, a refutação e a avaliação das ideias sobre as comparações deles. A estratégia contribuiu para a aprendizagem de aspectos complexos relacionados ao modelo, como a movimentação dos elétrons. Consideramos que essa estratégia possa ser potencialmente útil no contexto do ensino de Química.
Neste trabalho analisamos como alguns elementos do processo dialógico influenciaram a aprendizagem dos estudantes em uma atividade sobre difusão de pesticidas fundamentada na Modelagem Analógica. A atividade foi desenvolvida com estudantes de terceiro ano do ensino médio de uma escola da rede estadual de Itabirito. As aulas foram registradas em vídeo e áudio e transcrições foram realizadas, com posterior seleção de episódios de ensino nos quais os elementos foram identificados e seu papel discutido com suporte da literatura. Evidenciamos que elementos como: a linguagem, a mediação pedagógica, e a verbalização de ideias fizeram parte da elaboração de significados pelos estudantes sobre os conceitos abordados. Concluímos que um processo de aprendizagem efetivo é viabilizado pela conjugação destes elementos, a qual depende de um planejamento e auxílio conscientes dos profissionais envolvidos.
Neste trabalho investigamos a compreensão conceitual expressa nos processos de crítica e elaboração de analogias por futuros professores de Química sobre a interação fármaco-enzima, em uma sequência de ensino fundamentada em modelagem. Tal estudo foi desenvolvido com um grupo de três estudantes do quinto período de um curso de Licenciatura em Química de uma universidade federal. Os processos de avaliação e criação de analogias vivenciados pelos estudantes forneceu evidências de que estes compreenderam aspectos importantes sobre o conceito estudado como: a possibilidade de alteração conformacional na estrutura da enzima e do fármaco e as diferenças na interação dos fármacos ocasionada por seus diferentes grupos de átomos. Nestes processos, além dos papéis desempenhados pelas analogias como modelos de ensino e instrumentos de avaliação da compreensão dos estudantes, elas funcionaram como fontes de ideias na construção de um modelo mais coerente com o científico.
As Questões Sociocientíficas (QSC) são compreendidas como problemáticas de caráter controverso, cuja resolução não se restringe exclusivamente à consideração de aspectos científicos, mas também de outros, como: ambientais, econômicos, sociais, éticos e morais (Conrado; Nunes-Neto, 2018). A inserção de QSC no Ensino de Química pode ser justificada pela sua possível contribuição para o desenvolvimento do pensamento crítico dos estudantes, o qual envolve a capacidade de desenvolver uma opinião e de refletir sobre a mesma Mauriz (2012). Neste trabalho, nos propusemos a analisar o desenvolvimento do pensamento crítico de estudantes de química durante no processo de tomada de decisão em uma sequência didática (SD) abordando “Tintas de Revestimento” como uma QSC.