Este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) tem como objetivo investigar a elaboração de comparações por crianças da faixa etária de 3 a 11 anos para explicar o comportamento do suco e do giz em água. Os dados foram coletados através de entrevista semiestruturada e das representações das crianças (gestuais, concretas, desenhos etc.). A análise dos resultados evidenciou que as crianças entrevistadas foram capazes de elaborar diferentes tipos de comparações (mera aparência, similaridade literal e analogias) e que as experiências que elas vivenciam e o conhecimento que elas possuem influenciam no tipo de comparação que elas são capazes de elaborar. Por meio das similaridades que as crianças colocaram em correspondência, elas expressaram conhecimentos salientes em suas estruturas cognitivas. Com base nessa análise, apoiamos a hipótese de que, devido aos fatores mencionados, há uma progressão nos tipos de comparação que as crianças elaboram ao longo de sua vida e que, portanto, a idade não é o fator determinante do tipo de comparação elas irão elaborar. Uma possível implicação deste trabalho é que o reconhecimento do conhecimento saliente expresso nas comparações, explicações e representações das crianças pode fornecer subsídios para que os professores atuem de forma mais efetiva no processo social de negociação/(re)construção de significados no ensino em geral e de Ciências em particular.
Este trabalho constitui um estudo de caso de uma professora de Química de um aluno surdo. Objetivou-se investigar a visão de uma professora, de uma escola pública de Ouro Preto, sobre a educação inclusiva em Química. Os objetivos específicos são conhecer o planejamento da professora de química para o aluno surdo, conhecer as técnicas elaboradas para o trabalho com o aluno em questão e compreender as dificuldades da professora para a realização do seu trabalho. Foi seguido um roteiro de entrevista com perguntas que nos levassem a atingir os objetivos. Após, foi realizada uma entrevista com a professora e posterior análise das respostas as perguntas. De um modo geral, podemos analisar a situação e opinião desta professora acerca da educação inclusiva. Algumas dificuldades que deveriam ser enfrentadas e desafios superados não foram visto no trabalho da professora com aluno. Com base nas respostas, acredita-se que a professora seja mais partidária da educação especial e não da educação inclusiva. Palavras Chaves: Educação inclusiva, Educação inclusiva na Química, alunos surdos, educação especial, histórico da educação especial, políticas públicas de inclusão escola no Brasil.
Este trabalho constitui-se em uma investigação acerca das concepções dos professores de Química sobre questões ambientais e relacionadas à Química Verde, da Universidade Federal de Ouro Preto. Objetivou-se identificar se os professores fazem o uso dos princípios da Química Verde no meio acadêmico e qual a importância de se abordar assuntos relacionado ao meio ambiente. Para tanto foram selecionados os professores do Departamento de Química da UFOP e a eles proposto um questionário no qual esses deveriam expor o nível de concordância das afirmações sobre as questões ambientais, buscando identificar em que perspectiva as questões ambientais relacionadas à Química Verde vem sendo abordadas pelos professores. A amostra final para a pesquisa foi composta por 19 professores. A análise do questionário se deu por meio de duas formas, (i) análise geral de modo a identificar a concordância dos professores frente às questões ambientais relacionadas à Química Verde e o caso de incoerência sobre suas respostas; (ii) análise individual, no qual foram aplicados quatro tipos de categorias aos professores: Engajado, Disponível, Resistente e Indiferente. De modo geral, a maioria dos professores considera importante a abordagem das questões ambientais que se relacionam com a Química Verde, mas poucos ainda trabalham esta abordagem com seus alunos. A maioria dos professores foram categorizados como Professores Disponíveis, pois, mesmo sendo favorável à proposta que vem sendo formulada e difundida pelos especialistas em Química Verde, mostra algum tipo de reserva tanto de natureza química quanto pedagógica.