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Diversas pesquisas e documentos oficiais têm indicado a inclusão da história da Ciência nas disciplinas científicas. Entre as muitas possibilidades a inclusão da história pode apresentar ao aluno um novo olhar sobre a Ciência, tornando-a mais humana e presente nas diversas evoluções presentes nas nossas vidas. Entretanto, nem toda história pode ser utilizada, pois caso seja apresentada de forma equivocada pode trazer diversas concepções errôneas aos alunos. Dessa forma se mostra relevante analisar como essa história tem sido mostrada aos estudantes do ensino médio. Acreditamos que analisar os livros didáticos seja relevante,por possuírem extrema importância para os docentes e discentes. Nessa pesquisa, analisamosos livros do aluno e o manual do professor de duas coleções de livros didáticos aprovados pelo Programa Nacional do Livro Didático 2012. O trabalho consistiu em analisar os principais problemas de abordagem desse tema encontrados na literatura e quais os possíveis obstáculos que o tema pode trazer aos estudantes e aos professores.

Tornou-se cada vez mais necessário a contextualização e a interdisciplinaridade no ensino de química, para conectar conhecimentos construídos pelos alunos em sua vida acadêmica, visando sua aplicabilidade e sendo utilizados como ferramentas no seu cotidiano. As disciplinas de Estágio Supervisionado de Química e Prática de Ensino de Química proporcionaram uma visão dessa realidade, percebendo-se que materiais suplementares podem auxiliar o professor na sua prática profissional e estimular o aluno a buscar o conhecimento facilitando essa inserção de contexto em sala de aula. Estes materiais, ao serem utilizados no Ensino de Química, podem favorecer esta aprendizagem quando minimizam a distância entre a teoria apresentada pelo professor com a prática no seu cotidiano a partir do diálogo com outras áreas de conhecimento. Partindo-se desses pressupostos, neste Trabalho de Conclusão de Curso, elaborou-se um material paradidático, constituído de um Manual do Aluno e um Manual do Professor. Como abordagem, o tema escolhido foi a Química Orgânica, com uma nova forma de tratamento, visando inseri-la em um contexto bem familiar ao aluno: o uso de medicamentos. Além de relacionar a Química Orgânica que é vista como disciplina isolada dentro de uma rede de conteúdos do ensino médio, retoma-se conhecimentos básicos como as propriedades ácido-base, tema presente no ensino médio, que na maioria dos casos torna-se apenas declarativo.

Neste trabalho analisamos entrevistas realizadas com alunos do segundo ano do ensino médio de uma escola pública de Belo Horizonte. As entrevistas envolviam dois contextos (cotidiano e científico) e foram desenvolvidas em dois momentos (pré e pós- instrução por modelagem). A questão problema da entrevista pré-instrução científico (derretimento de bonecos de neve) envolvia conceitos que supostamente os estudantes haviam estudado nos anos de escolarização anteriores. A entrevista pós-instrução científico abordava os temas ligação iônica e interações intermoleculares, que foram conteúdos trabalhados em classe através de atividades de modelagem. As entrevistas (pré e pós- instrução) envolvendo o tema cotidiano abordavam a mesma temática, causas do fracasso escolar. A partir da análise das entrevistas, buscamos responder às questões de pesquisa: (1) Quais são as tipologias de argumento e as habilidades argumentativas apresentadas por estudantes ao serem entrevistados sobre uma temática cotidiana e outra científica (2) Há divergência entre os tipos de argumento e a manifestação das habilidades argumentativas nos problemas distintos e em diferentes momentos? As análises foram realizadas utilizando como instrumento as 60 tipologias de argumento de Walton, que foram devidamente definidas, categorizadas e ilustradas para fins de análise. Constatamos que os alunos produziram 118 argumentos ao longo das entrevistas, que puderam ser classificados dentro de 27 tipologias de argumento de Walton. Concluímos que o contexto no qual a argumentação se desenvolve impacta na natureza do argumento, pois notamos que (i) o contexto cotidiano favoreceu a explanação de argumentos de natureza conhecimento pessoal e (ii) a entrevista pós-instrução científico proporcionou oportunidade para a manifestação de esquemas argumentativos de raciocínio de alternativas. Constatamos que os estudantes utilizaram mais frequentemente evidências disponíveis para construírem suas conclusões na entrevista científica pós-instrução por modelagem. Inferimos que isso seja impacto do ensino por atividades de modelagem. Concluímos que todas as habilidades argumentativas foram demonstradas em algum momento das entrevistas. Percebemos que os estudantes tiveram maior dificuldade em propor contra-argumento no contexto cotidiano, possivelmente pela temática, ser próxima à realidade deles, o que permitiu que construíssem seus argumentos com base em experiências pessoais. Observamos que, em geral, os alunos que conseguiram propor contra-argumento foram os mesmos que não conseguiram propor refutação e a recíproca foi verdadeira. Tal constatação é condizente com a literatura. Sugerimos o uso das tipologias de Walton como ferramenta de análise de argumentos em contexto científico e cotidiano e defendemos a aplicabilidade do conhecimento dos esquemas argumentativos no ensino de ciências.

O presente trabalho trata-se de uma proposta de ensino inédita e baseada em atividade experimental, destinada a alunos do ensino superior, pela qual se pretende abordar problemas reais relacionados ao cotidiano dos alunos e propor soluções que integrem conhecimentos de diferentes áreas da química, estabelecendo relações interdisciplinares entre conteúdos de química orgânica, química inorgânica, físico- química e química analítica. Essa proposta pode favorecer a intercomunicação efetiva entre essas disciplinas, abordando, por exemplo, conceitos de reações de radicais, reações de oxi-redução, cinética, espectroscopia e estequiometria. São discutidos, nesse trabalho, os pressupostos teóricos relativos às atividades experimentais no ensino de química, abordando as diferentes características entre práticas verificacionais e práticas investigativas. Para tal, foi proposto um experimento para avaliar a atividade antioxidante de chás consumidos diariamente por grande parte da população brasileira. Neste trabalho é apresentado o material do aluno elaborado de uma maneira contextualizada, constituído por características capazes de proporcionar abordagens investigativas; e o material do professor com os devidos subsídios teóricos necessários para a aplicação da proposta, assim como os fundamentos em que se baseiam as atividades experimentais investigativas, visando proporcionar ao professor uma utilização efetiva desse trabalho.

Essa monografia buscou conhecer o percurso existente entre o fazer e o compreender de estudantes de um curso de produção de sabão. Dentro desse enfoque, foi observado o percurso empreendido pelos alunos no ensino de conceitos científicos, fato imprescindível para que os mesmos os utilizem na vida cotidiana. Partindo do pressuposto de que grande parte da população vive em profunda pobreza, especificamente com pouco entendimento de Ciência, o ensino de conceitos científicos possibilitaria a amenização desta situação, de forma que pode orientar o indivíduo para resolver problemas básicos que afetam a sua vida. Enfim, um indivíduo com conhecimentos mínimos sobre tais assuntos pode ser capaz de tomar decisões de forma consciente, mudar seus hábitos e participar mais intensamente na sociedade que vive. Com essa expectativa, escolhemos nosso público alvo: alunos com baixa escolaridade e sem experiência na produção de sabão. Durante o desenvolvimento do curso, optamos pela filmagem, transcrição e análise das aulas, pois nosso objetivo foi identificar, observar e analisar as interações e as concepções adquiridas sobre os termos químicos discutidos no decorrer do curso. Segundo Piaget, no tocante à aprendizagem o "fazer e o compreender" são aspectos que envolvem a aprendizagem. Nesse sentido, pretende-se também analisar situações que evidenciam a compreensão do fazer sabão pelos alunos. Portanto, o principal objetivo desse estudo foi analisar o processo de ensinoaprendizagem dos alunos, numa perspectiva voltada para as interações que caracterizam a construção do conhecimento científico, e a relação desse conhecimento com o conhecimento adquirido no cotidiano.

Este trabalho visa apresentar uma estratégia de ensino, em forma de Jogo Didático, para auxiliar os professores no trabalho com a Química. A ideia inicial para a formulação de tal Jogo surgiu em uma disciplina do Curso de Licenciatura em Química. A partir da mesma e com a colaboração da professora e agora orientadora, o protótipo apresentado inicialmente foi sofrendo algumas modificações à medida que fomos aprofundando nos temas abordados – Natureza do Conhecimento Científico e Evolução Histórica dos Modelos e Teorias Atômicas – e nos referenciais teóricos sobre Jogos Didáticos. Nosso objetivo quanto à proposição do Jogo Didático é que o mesmo favoreça reflexões e discussões sobre a Natureza do Conhecimento Científico a partir de relatos da História da Evolução das Teorias e Modelos Atômicos. Isso porque acreditamos que discussões explícitas a cerca da Natureza da Ciência pode favorecer que os estudantes minimizem possíveis concepções ingênuas sobre a mesma, como pode ser visto na literatura. Para subsidiar os professores quanto à execução do jogo, à sua realização na sala de aula, a aprofundamentos sobre os assuntos discutidos, criamos um material o qual contém informações mais detalhadas e de extrema importância sobre a proposta.